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Paulo Marcelo Gehm Hoff: um incansável médico na luta contra o câncer.

Por trás do olhar sereno, do jeito tranquilo e simples de ser, está um homem jovem, de apenas 41 anos de idade, mas com uma bagagem de vida carregada de um conhecimento imensurável e, acima de tudo, de humildade. Assim, pode-se começar a definir o oncologista Paulo Marcelo Gehm Hoff. O médico de renome internacional nasceu no estado do Paraná, mas leva no coração a alma gaúcha, pois possui laços familiares aqui nestes pagos, o que o faz ter por esta terra um especial carinho, principalmente, quando se fala em Santa Bárbara do Sul, cidade onde passou grande parte da infância na convivência dos avos paternos, Mário Hoff e Josefina Dumoncel Hoff, dos tios e primos. Paulo Marcelo morou por um tempo com os pais Paulo Sérgio Hoff e Carla Gehm Hoff em Passo Fundo, logo após a morte do avô paterno Mário, causada por um câncer de pâncreas. Mas no início dos anos 80 a família mudou-se para Brasília e, o jovem com apenas 16 anos de idade terminou o segundo grau e foi prestar vestibular, passando nos cinco concursos que fez e optando por cursar medicina. Por ironia do destino, ou não, escolheu se especializar na área de oncologia, sendo contemplado, no sexto ano do curso, com uma bolsa para estudar na Universidade de Miami e, de lá, saiu direto para o M.D. Anderson, em Houston, no Texas, considerado o principal hospital para o tratamento e pesquisa do câncer do Ocidente. Nos Estados Unidos, também se tornou professor e médico titular, escreveu mais de 40 artigos originais e 25 capítulos sobre o câncer, incluindo dois do livro Principles and practice of oncology, considerado a bíblia dos oncologistas. Hoje, depois de ter voltado ao Brasil, há pouco mais de três anos, Paulo Marcelo, acumula as funções de diretor-clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), um dos maiores centros de oncologia da América Latina, é coordenador do Núcleo de Estudos Clínicos do Câncer (NECC) do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor estratégico do Hospital Sírio Libanês, o qual é considerado uma referência nacional e internacional no tratamento do câncer, sendo ainda professor titular de oncologia do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e, diretor clínico de Oncologia do Hospital das Clínicas da USP. Embora jovem, o médico tem um currículo invejável e um vasto conhecimento, sendo reconhecido pelo seu trabalho e competência e tendo, entre seus pacientes, o Vice-Presidente José de Alencar, que luta contra o câncer desde 2006 e tem os seus cuidados entregues às mãos do oncologista Paulo Marcelo Gehm Hoff, o qual José de Alencar define assim:
>>> "O doutor Paulo Hoff é um oncologista respeitado aqui e alhures. É muito preparado como médico. Além disso, prima como cidadão. É um homem de bem. Tem uma cultura geral muito ampla. A esse conhecimento, ele associa a bondade. Assume com o próprio coração o caso do paciente. Vive o seu caso. Não é indiferente. É impressionante. Ele parece ser da minha família. Lembro-me da cara sinceramente triste com que ele tantas vezes me deu a notícia da recorrência de um tumor. E também da cara ufana com que chegava para me contar que a ressonância magnética havia revelado algum progresso no tratamento. Em 2009, ele acertou novamente. Aceitei ser cobaia junto com outros 20 pacientes do mundo nos testes de um medicamento realizados em Houston, nos Estados Unidos. Em mim, o remédio não deu resultado. O doutor Paulo recomendou então que retomássemos a quimioterapia. Seu coquetel de medicamentos deu um resultado auspicioso. Os exames que fiz em outubro revelaram que o tamanho dos tumores diminuiu. Doutor Paulo é muito jovem e ao mesmo tempo, experiente. Uma pessoa tão jovem, com tanta experiência, é especial. Transparente no que faz, me ensinou várias coisas sobre a vida. É um exemplo de dedicação e seriedade. Além de extremamente atencioso com o paciente, prestigia muito a equipe. Valoriza e transfere o mérito ao grupo. Sem demagogia. Pela importância que tem, é humilde demais. Ele conduziu tudo com muito acerto. Tanto é que estamos aí". Trecho da entrevista do Vice-Presidente José de Alencar, concedido a Revista Época/Dezembro de 2009." <<<
As palavras do Vice-Presidente traduzem o reconhecimento que o médico tem, pois Paulo Marcelo foi considerado pela Revista Época, um dos cem brasileiros mais influentes de 2009. Um título merecido, afinal, tem sido uma das personalidades da área médica de destaque, pois não mede esforços e muito menos poupa o seu vasto conhecimento para buscar aquilo que tanto quer: a cura para o câncer, esta arrebatadora doença que mata por ano mais de 7 milhões de pessoas no mundo, segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC) . Por toda a sua contribuição no que diz respeito ao estudo do câncer e na busca constante pela cura de seus pacientes e outros tantos que nem chegam a passar por suas mãos, o oncologista recebeu, em Brasília, o título de Cidadão Honorário. A iniciativa da homenagem partiu da deputada licenciada Eliana Pedrosa, já que Paulo Marcelo morou em Brasília, fez a faculdade e, de lá despontou para o mundo. Em Santa Bárbara do Sul, o dia 19 de dezembro de 2009, foi igualmente especial para o médico, que recebeu o título de cidadão santa-barbarense, através da iniciativa da vereadora Rose Maria Dumoncel (PP). Na presença do pai Paulo Sérgio Hoff, da esposa e também médica Ana Amélia, da filhas Camila, Juliana e Izabela, de familiares e amigos, Paulo Marcelo foi homenageado através de discursos embalados pela emoção e pelo orgulho de poder considerar como cidadão desta terra uma pessoa de tamanha humildade e generosidade, pois mesmo longe de Santa Bárbara, o médico orientou o tratamento de pessoas que sofreram com o câncer. Paulo Marcelo, falou emocionado e agradeceu pela homenagem da cidade que o acolheu como filho e, pela qual guarda preciosas recordações de sua vida, possuindo até hoje um vínculo muito forte com os familiares que moram em Santa Bárbara, bem como, mantendo relações de amizade. O médico destacou ainda, que novos tratamentos contra o câncer estão sendo disponibilizados e testados na busca constante de se amenizar o sofrimento das pessoas que fazem parte dos inúmeros casos diagnosticados a cada dia e que provocam a morte de milhares e milhares de pessoas.

por Rochele Richter